Solange Maria de Siqueira é professora, tem 56 anos e mora em Cuiabá, no Mato Grosso. Depois de perder a mãe e duas tias, em 2008, se sentiu sozinha e triste. “Era como se tivesse perdido tudo. Estava casada, tinha minhas filhas, mas fiquei muito abatida e me sentia desamparada”, relembrou.
Diante de tanta tristeza, passou a consumir bebida alcoólica compulsivamente. Vendo a situação de Solange, um casal de vizinhos, Osvaldo e Ilda, falaram do amor de Jesus e ofereceram a ela estudos bíblicos.
Contudo, pouco mais de um mês após a morte da mãe, ela pensou em tirar a própria vida. Com o casamento cheio de problemas, o plano era deixar as três filhas para que Osvaldo e Ilda cuidassem delas.
“Tudo em mim doía. A sensação era de que eu não existia mais. Era como se eu não visse mais o céu ou não sentisse o chão ao caminhar. Por isso, achava que não havia outra forma de fazer minha dor acabar”, relatou.
Primeiro passo
No dia em que Solange procurou o casal para contar sobre sua decisão, não conseguiu, pois estavam ocupados com uma programação da igreja. Ela, então, voltou para casa e resolveu adiar os planos.
Algum tempo depois, outra família da igreja também começou a acompanhá-la e a dar continuidade aos estudos bíblicos. “Em dezembro de 2008, me divorciei. Em 2009, fui batizada na Igreja Adventista. Mas, confesso que, por tudo o que estava acontecendo em minha vida, não deixei a Palavra de Deus entrar de verdade em meu coração egoísta e fazer a diferença em mim”, reconheceu.
Distanciamento físico e espiritual
O tempo passou, Solange mudou-se de endereço e foi morar longe da igreja onde frequentava. O distanciamento físico também se tornou espiritual. Aos poucos, deixou de buscar a Deus e voltou às velhas práticas de antigamente.
“Aconteceu um esfriamento. Após meu batismo, não me senti acolhida pela igreja da forma que eu esperava. Dei espaço para pensamentos como: ‘Eles não ligam para mim! Não se importam comigo! Não estão nem aí para mim!’. E não fui mais”, explicou.
Certo dia, Osvaldo, o antigo vizinho, a reencontrou e convidou para que voltasse a frequentar a igreja. Mas ela não teve forças para retornar. Sua vida mergulhava cada vez mais no álcool e em relações afetivas conturbadas.
Nesse período, Solange até frequentou outras denominações, mas quando ia ao templo, pensava no seu íntimo: ‘Bem que esse culto podia ser em um sábado!’. Com saudade, sempre orou a Deus, clamando: ‘Senhor, onde devo frequentar? Onde o Senhor quer que eu congregue? Onde o Senhor me colocar, nunca mais vou sair”, compartilhou.
Resposta de Deus
Em uma madrugada de maio de 2020, no começo da pandemia, Solange estava sem sono, assistindo televisão e pulando de um canal para o outro, até encontrar um programa cristão. Naquele momento, decidiu voltar para a igreja.
Mas sem os cultos presenciais, teve que assistir on-line. O tema era a história do filho pródigo. “A impressão é que foi tudo feito para mim. Tenho certeza de que foi Deus que preparou tudo”, disse emocionada.
Solange se identificou com cada palavra da mensagem daquela noite e, durante o apelo, entregou completamente sua vida a Jesus. “Naquela noite, senti que foi retirado tudo o que havia de mau em meu coração. Eu renasci!”, finalizou.
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