A suíça Beatrice Stöckli foi sequestrada e morta por grupo islâmico terrorista que atua em diversos países da África.
Os restos mortais de uma missionária cristã sueca, assassinada por jihadistas, foram encontrados no Mali, na África. O comunicado foi feito pelo Ministério das Relações Exteriores do país.
Os restos foram identificados como sendo da missionária por meio de um teste de DNA. Eles foram entregues ao governo do Mali pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, para repatriação à Suíça.
Em 2016, a suíça Béatrice Stöckli estava servindo em Timbuktu, quando foi sequestrada pela organização terrorista islâmica Jama'at Nasr al-Islam wal Muslim (JNIM) . No ano passado, ela foi assassinada pelos sequestradores, conforme relato de outra refém, Sophie Pétronin, uma voluntária francesa de 75 anos, que foi libertada em 2020.
JNIM é uma milícia terrorista islâmica, um dos grupos de combate mais cruéis do Sahel africano. É composto por remanescentes do braço da Al-Qaeda, AQMI, e dos “Ajudantes do Islã” (Ansar al-Islam). Ambos lutam há anos no Mali, Burkina Faso, Níger e Chade contra cristãos e ocidentais.
O Conselheiro Federal da Suíça, Ignazio Cassis, lamentou a confirmação do assassinato da missionária Béatrice e agradeceu a colaboração de Mali na recupração dos restos mortais.
"Infelizmente, agora temos evidência definitiva de que a mulher que foi mantida refém está morta. Mas também estou aliviado por podermos devolver os restos mortais da mulher para sua família e gostaria de transmitir minhas mais profundas condolências a eles. Também desejo agradecer às autoridades do Mali por sua ajuda na ajuda na identificação do corpo”, disse Cassis.
Raptada pela primeira vez em 2012
Beatrice Stöckli foi pela primeira vez a Timbuktu, Mali, com o grupo missionário com sede na Alemanha, o Neues Leben Gana (Nova Vida Gana), liderado pelo pastor Jörn André.
Poucos anos depois, ela decidiu trabalhar sozinha “ensinando crianças a ler e escrever, usando contos de fadas e histórias infantis e as passagens do Alcorão que falam de Jesus”, segundo o site de notícias suíço Livenet.
Ela foi sequestrada pela primeira vez em abril de 2012 pelo grupo jihadista Ansar Dine. Um líder da mesquita vizinha a denunciou como missionária, de modo que os extremistas a arrastaram para o deserto, onde Stöckli foi torturada e ameaçada de assassinato pela primeira vez, para forçá-la a negar Jesus e se converter ao Islã.
Após nove dias de cativeiro foi libertada, devido à mediação do governo de Burkina Faso. Stöckli decidiu regressar a Timbuktu, para continuar com o seu trabalho missionário, apesar das ameaças.
Mais de quatro anos como refém
Há quatro anos, “homens armados bateram em sua porta, ela abriu e eles saíram com ela”, informou a Agence France-Presse em janeiro de 2016.
Ela foi sequestrada novamente, junto com os reféns da França, Itália e Mali recentemente libertados. Durante os mais de quatro anos em que foi sequestrada, Stöckli supostamente apareceu em vários vídeos apelando a seu governo por sua libertação e pela libertação de combatentes jihadistas da AQMI presos em Mali.
De acordo com o relato dos reféns libertados que estavam com ela, os extremitas arrastaram Stöckli para uma cavidade de cascalho no deserto de pedra e a mataram.
Sem comentários:
Enviar um comentário